ARTIGOS
Large vacinas

Vacinas e Imunizações
Coisas só de Crianças?

Desde tempos remotos, o homem preza por sua saúde, buscando meios de se proteger contra agentes externos, principalmente os infecciosos. Somente no século XVIII, quando (em 1796) Jenner observou que leiteiras as quais tinham contato com vacas infectadas pela varíola bovina não desenvolviam a varíola humana. Num experimento, inoculou fluídos vesiculares da varíola bovina em indivíduos susceptíveis, sendo observado que se poderia induzir proteção contra a varíola humana, assim surgindo o termo vaccínia, que posteriormente levaria o consagrado nome de vacina. Atualmente, imunização é o termo utilizado para denominar o ato de induzir imunidade artificialmente, seja de forma passiva ou ativa, ou promover proteção contra doenças.
A partir de 2017, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde do Brasil passou a contar com um arsenal de 19 vacinas para gerar proteção contra mais de 20 doenças, voltadas principalmente para as crianças, seguindo recomendações de organismos internacionais como a Organização Mundial da Saúde. Essas vacinas podem ser administradas de forma isoladas ou combinadas em co-formulações especiais, o que diminui o número de aplicações no indivíduo, melhorando seu conforto. Doenças como difteria, coqueluche, sarampo, caxumba, hepatite A e B, gripe e meningite são exemplos entre as mais conhecidas.
Especial atenção deve ser levada em consideração por alguns grupos populacionais ao serem indicadas vacinas contendo vírus vivo atenuado, como contra sarampo, caxumba, rubéola, varicela e febre amarela. Em indivíduos imunodeprimidos (HIV/AIDS, transplantados, oncológicos, reumatológicos, idosos, entre outros) esses agentes podem causar quadros tão graves quanto o próprio vírus selvagem numa infecção primária acidental, motivo pelo qual de serem contraindicadas frequentemente.
Contudo, ao atingir a idade adulta, alguns indivíduos ignoram seu passado vacinal e passam a não receber imunizações e seus reforços, incluindo vacinas destinadas a faixas etárias específicas como, por exemplo, a vacina contra herpes zoster, destinada a pessoas com mais de 50 anos de idade, capaz de evitar a reativação de um vírus latente em raízes nervosas, que pode provocar grande morbidade ao causar lesões cutâneas bastante dolorosas. Atletas, viajantes, gestantes, idosos, trabalhadores, prematuros, adolescentes, adultos e idosos, entre outros, possuem seu próprio calendário vacinal, as quais merecem ser oferecidas rotineiramente durante as consultas médicas.