A diarreia infecciosa aguda é a expulsão frequente de fezes líquidas e amorfas como resultado de uma infecção.
A infecção por bactérias ou vírus é a causa mais frequente da diarreia aguda nos bebês, apesar de que esta doença pode ter muitas outras causas. Um bebê pode ficar infectado se engolir organismos enquanto atravessa o canal de parto infectado ou então se for tocado por mãos contaminadas. Outras causas menos frequentes são os artigos do lar contaminados e os alimentos ou os biberões contaminados. Algumas vezes a infecção pode produzir-se ao inalar organismos em suspensão no ar, especialmente durante surtos de infecções virais. Nas maternidades demasiado povoadas costumam produzir-se surtos de diarreia infecciosa. A diarreia é mais provável quando a higiene é escassa ou quando uma família numerosa com poucos recursos vive amontoada num espaço reduzido. A diarreia infecciosa também é muito frequente nas creches.
Sintomas e Diagnóstico
A infecção pode causar diarreia súbita, vómitos, sangue nas fezes, febre, falta de apetite ou inquietação. Em geral, a diarreia provoca desidratação que, se é ligeira, resseca a boca do bebê e, se é moderada, faz com que a pele perca a sua consistência. Os olhos e as fontanelas (as partes moles que se situam na parte superior da cabeça) podem deprimir-se. A desidratação grave, que pode produzir-se rapidamente, põe em perigo a vida do bebê e, regra geral, provoca uma considerável queda na tensão arterial (choque).
A diarreia pode causar a perda de líquido e electrólitos, como sódio e potássio, o que pode provocar sonolência ou irritação no bebê ou, embora seja mais raro, anomalias na frequência cardíaca ou hemorragia cerebral.
Os valores de electrólitos e o número de glóbulos brancos, que aumentam durante uma infecção bacteriana, determinam-se mediante uma análise do sangue. O médico tenta identificar o organismo que causa a diarreia realizando um exame microscópico de uma amostra de matéria fecal e enviando outras para o laboratório para cultura.
Tratamento
O primeiro passo, e o mais importante, no tratamento do bebê consiste em substituir o líquido e os electrólitos perdidos por causa da diarreia e dos vómitos. Se a criança está muito doente, os líquidos costumam administrar-se por via endovenosa no hospital. Em casos mais ligeiros, o bebê pode beber qualquer um dos preparados comerciais que estão disponíveis actualmente. É muito importante que toda a pessoa que toque no bebê lave cuidadosamente as mãos para evitar contagiar a infecção.
Continua-se com a lactação para evitar a desnutrição e manter a produção de leite na mãe. Se o bebê não se alimenta com leite materno, deve tomar leite preparado sem lactose logo que se tenha corrigido a desidratação. Poucos dias depois pode dar-se-lhe gradualmente a papa habitual, mas, se a diarreia desaparecer, é necessário utilizar a papa de lactose durante várias semanas.
Apesar de que a diarreia infecciosa aguda pode ser causada por bactérias, no geral não se necessitam antibióticos, porque costuma desaparecer sem tratamento. Não obstante, algumas infecções tratam-se com antibióticos para evitar que se propaguem além do intestino. De todos os modos, a administração de medicamentos para a diarreia realmente pode prejudicar o bebê, já que estes evitam que o organismo elimine os organismos infecciosos através dos dejectos.