DOENÇAS
Récem-Nascidos e Lactantes: Apnéia do Prematuro

A apneia do prematuro é uma doença na qual o recém-nascido deixa de respirar transitóriamente e costuma definir-se como uma interrupção da respiração de 15 a 20 segundos.

A apneia do prematuro pode apresentar-se em crianças nascidas antes das 34 semanas de gravidez e aumenta a sua frequência entre os nascidos prematuramente. Considera-se que a causa é a prematuridade da parte do cérebro que controla a respiração (o centro respiratório). A obstrução das vias respiratórias superiores, unida a uma imaturidade, também pode interferir na respiração. Ocasionalmente, o refluxo gastroesofágico, devido ao qual os conteúdos ácidos do estômago retrocedem (refluxo) para dentro do esófago, pode estimular um reflexo que origina a apneia.

Sintomas

Frequentemente, os períodos de apneia aparecem dentro dos primeiros dias depois do parto. A criança pode padecer episódios de respiração regular com breves pausas (respiração periódica). Se as pausas durarem mais de 20 segundos, os valores de oxigénio no sangue podem baixar, causando uma coloração escura ou azulada da pele e uma diminuição da frequência cardíaca.

Tratamento

Manter a cabeça e o pescoço do bebê em linha recta enquanto está de barriga para cima, ou colocá-lo de lado, ajuda a evitar a obstrução das vias respiratórias. Se os episódios de apneia continuarem, particularmente se a criança ficar azul por falta de oxigénio ou a frequência cardíaca diminuir, podem administrar-se-lhe fármacos como a aminofilina ou a cafeína. Estes fármacos estimulam o centro respiratório do cérebro, facilitando uma respiração mais continuada e produzindo-se menos episódios de apneia. Se estes continuarem a ser graves, pode administrar-se um segundo fármaco, como o doxapram. Se o problema piora, pode ser necessário recorrer à pressão respiratória positiva contínua ou colocar um respirador artificial.

O refluxo gastroesifágico trata-se espessando o leite que a criança toma com cereal de arroz e elevando a cabeceira da cama.

Algumas vezes podem usar-se medicamentos para reduzir a frequência do refluxo.

A maioria das crianças prematuras deixa de padecer episódios de apneia antes de chegar ao termo da sua idade de gestação considerada como final (com frequência 34 semanas depois do começo da gravidez) e, quando se lhes dá alta, já superaram o problema completamente. Algumas vezes, as crianças prematuras de maior tamanho que ainda padeçam episódios de apneia são enviadas para casa com um aparelho que controla a respiração ou a frequência cardíaca.