DOENÇAS
Perturbações na Nutrição: Vitamina C

Deficiência de Vitamina C

A vitamina C (ácido ascórbico) encontra-se nos citrinos, tomates, batatas, repolho e pimentos verdes. É essencial para a formação do tecido conjuntivo (que mantém unidas as estruturas do organismo). Contribui para a absorção do ferro e para a recuperação de queimaduras e feridas. Tal como a vitamina E, a vitamina C é um antioxidante. A gravidez, a lactação, a hiperfunção da glândula tireoide (tirotoxicose), os diversos tipos de inflamação, a cirurgia e todas as queimaduras podem aumentar significativamente as exigências de vitamina C do corpo e o risco de uma deficiência.

Nos lactentes entre 6 e 12 meses, uma carência de vitamina C na alimentação pode provocar escorbuto, um tipo de doença carencial. Os sintomas iniciais incluem irritabilidade, dor ao mover-se, perda de apetite e incapacidade para ganhar peso. Os ossos são finos e as articulações podem tornar-se salientes. São típicas as hemorragias debaixo do tecido que cobre os ossos (periósteo) e à volta dos dentes.

Nos adultos pode ocorrer escorbuto quando a alimentação é restringida, contendo apenas carne desidratada e farinha ou chá, torradas e vegetais enlatados, os alimentos típicos das pessoas de idade avançada que perderam o interesse pela comida. Poucos meses depois de se seguir uma dieta semelhante, verificam-se hemorragias sob a pele, especialmente em volta dos folículos pilosos, debaixo das unhas dos dedos das mãos, em volta das gengivas e no interior das articulações. A pessoa sente-se deprimida, cansada e fraca. A pressão arterial e a frequência cardíaca variam constantemente. Os resultados da análise de sangue mostram uma concentração muito baixa de vitamina C.

Nos lactentes e nos adultos, o escorbuto é tratado com elevadas doses de vitamina C durante uma semana, seguida de doses mais reduzidas durante um mês.

Excesso de Vitamina C

Doses altas de vitamina C (de 500 mg a 10 g) foram aconselhadas para prevenir o resfriado comum, a esquizofrenia, o cancro, a hipercolesterolemia e a arteriosclerose. Contudo, estas recomendações têm pouco ou nenhum apoio científico. Doses de mais de 1000 mg por dia provocam diarreia, cálculos renais em pessoas propensas e alterações no ciclo menstrual. A interrupção repentina destas doses elevadas pode provocar escorbuto de ricochete.