A má nutrição pode ser o resultado de uma diminuição da ingestão (desnutrição) ou de um consumo excessivo (hipernutrição). Ambas as condições são o resultado de um desequilíbrio entre as necessidades corporais e o consumo de nutrientes essenciais.
A desnutrição, uma deficiência de nutrientes essenciais, é o resultado de uma ingestão inadequada devido a uma dieta pobre ou a um defeito de absorção no intestino (má absorção); de um gasto anormalmente alto de nutrientes por parte do corpo; ou de uma perda anormal de nutrientes por diarreia, perda de sangue (hemorragia), insuficiência renal ou então suor excessivo. A hipernutrição, um excesso de nutrientes essenciais, pode ser o resultado de uma ingestão excessiva, do abuso de vitaminas ou outros suplementos ou de sedentarismo em excesso.
A desnutrição desenvolve-se por etapas. No princípio, as mudanças registam-se nos valores de nutrientes no sangue e nos tecidos, depois sucedem-se mudanças nos valores enzimáticos, seguidamente aparece uma disfunção de órgãos e tecidos e, finalmente, manifestam-se os sintomas de doença e produz-se a morte.
O organismo necessita de mais nutrientes durante certas etapas da vida, particularmente na infância, na meninice precoce e na adolescência, durante a gravidez e durante a lactação. Na velhice, as necessidades nutricionais são menores, mas a capacidade para absorver os nutrientes também está reduzida. Portanto, o risco de desnutrição é maior nestas etapas da vida, e ainda mais entre os indigentes.
Quem Corre Risco de Desnutrição?
- Bebês e crianças pequenas com pouco apetite.
- Adolescentes em fases de crescimento rápido.
- Mulheres grávidas ou em período de lactação.
- Idosos.
- Pessoas que têm uma doença crônica do trato gastrointestinal, do fígado ou dos rins, particularmente se perderam recentemente 10% a 15% do seu peso.
- Pessoas que se submetem a dietas agressivas durante longo tempo.
- Os vegetarianos.
- Alcoólicos ou toxicodependentes que não se alimentam adequadamente.
- Doentes de SIDA.
- Pessoas que tomam medicamentos que interferem com o apetite ou com a absorção ou excreção dos nutrientes.
- Doentes de anorexia nervosa.
- Pessoas que sofreram de febre prolongada, hipertiroidismo, queimaduras ou cancro.