DOENÇAS
Doenças do Sistema Imunitário: Transplante Cardiopulmonar

O transplante de pulmão melhorou consideravelmente nos últimos anos. Em geral transplanta-se um único pulmão, mas em alguns casos substituem-se os dois. Quando uma afecção pulmonar lesa igualmente o coração, acontece o transplante do pulmão ser conjugado com o do coração. Conseguir pulmões é verdadeiramente problemático, porque não é fácil conservar estes órgãos para um eventual transplante. Como consequência, sempre que se encontre um pulmão o transplante deve ser realizado o mais cedo possível.

Os transplantes de pulmão podem provir de um dador vivo ou de alguém que tenha morrido recentemente. De um dador vivo não pode obter-se mais do que um pulmão completo e, em geral, só é doado um lobo pulmonar. Já de um indivíduo recentemente falecido se podem colher os dois pulmões ou mesmo o coração e os pulmões.

Cerca de 80 % a 85 % das pessoas que recebem transplantes de pulmão sobrevive pelo menos um ano, e cerca de 70 % vive cinco anos. Várias complicações podem ameaçar a vida dos receptores de transplantes do pulmão e de coração e pulmão. O risco de infecções é elevado porque os pulmões estão continuamente expostos ao ar, que não é estéril. Uma das complicações mais comuns é uma recuperação deficiente da zona de união da via respiratória. Em algumas pessoas que receberam transplantes de pulmão, as vias respiratórias foram obstruídas por tecido cicatricial, o que necessita de tratamento adicional.

A rejeição de um transplante de pulmão pode ser difícil de detectar, avaliar e tratar. Em mais de 80 % dos receptores verificam-se algumas manifestações de rejeição cerca de um mês depois da operação. A rejeição causa febre, falta de ar e fraqueza, esta devida a uma quantidade de oxigénio no sangue insuficiente. Como no caso de outros órgãos transplantados, a rejeição de um pulmão transplantado pode ser controlada com a alteração do tipo e da dose dos medicamentos imunossupressores utilizados. Uma complicação posterior de um transplante do pulmão é o encerramento progressivo das vias respiratórias mais estreitas, o que pode representar uma rejeição gradual.