DOENÇAS
Doenças do Sistema Imunitário: Transplante de Fígado

Enquanto as pessoas com uma doença renal possuem a opção da diálise, não existe tratamento semelhante para aqueles que sofrem de uma afecção hepática grave. O transplante de fígado é a única opção quando este órgão deixa de funcionar. Algumas pessoas que poderiam ter beneficiado de um transplante de fígado morrem antes de os médicos poderem dispor de um fígado apropriado para elas.

Apesar de o índice de sucesso do transplante de fígado ser um pouco inferior ao do rim, entre 70 % e 80 % dos receptores vive pelo menos um ano. A maioria dessas pessoas que sobrevive são receptores cujo fígado foi destruído por doenças como a cirrose biliar primária, a hepatite ou o uso de uma medicação tóxica para o fígado. O transplante de fígado, como tratamento para o cancro desse órgão, raramente dá bom resultado. O cancro costuma reaparecer no fígado transplantado ou noutro local; menos de 20 % dos receptores vive pelo menos um ano.

Surpreendentemente, os transplantes de fígado são rejeitados menos intensamente do que os transplantes de outros órgãos, como o rim e o coração. De qualquer modo, depois da intervenção cirúrgica devem sempre administrar-se fármacos imunossupressores. Se o receptor tem o fígado aumentado, náuseas, dor, febre, icterícia ou os resultados das análises de sangue confirmam um funcionamento hepático anormal, o médico pode efectuar uma biópsia por punção (que consiste em colher uma pequena amostra de tecido hepático com uma agulha para a examinar ao microscópio). Os resultados da biopsia ajudam a determinar se o fígado está a ser rejeitado e se deverá ser aumentada a dose de medicamentos imunossupressores.