DOENÇAS
Puberdade e Problemas na Adolescência: Contracepção e Gravidez em Adolescentes

O corpo dos adolescentes já lhes permite terem experiências sexuais. No entanto, muitos deles, sexualmente activos, não estão bem informados sobre a contracepção, a gravidez e as doenças sexualmente transmíssiveis (onde se inclui a SIDA).

Os problemas relacionados com a contracepção incluem: a falta de regularidade na ingestão da pílula; relações sexuais não programadas e espontâneas, o que dificulta o uso de contraceptivos; a preocupação sobre os efeitos da pílula; a limitação de opções na escolha dos métodos de controlo de natalidade (o diafragma, por exemplo, necessita ser colocado, pela primeira vez, pelo médico ou pela enfermeira, além de que tem de ser colocado antes do coito). Os novos métodos, por exemplo os implantes anticonceptivos colocados debaixo da pele e que actuam continuamente durante mais de cinco anos, terão provavelmente mais êxito do que outros métodos.

Os adolescentes estão numa fase da vida de transição e a gravidez ou o casamento podem provocar uma tensão emocional significativa. As meninas grávidas e os seus companheiros costumam abandonar os estudos ou a preparação para conseguir um emprego, facto que piora os problemas económicos, diminui a auto-estima e prejudica as relações pessoais.

As adolescentes grávidas, principalmente as mais novas que não estão a par dos cuidados pré-natais, têm mais probabilidades do que as mulheres de 20 anos ou mais de ter problemas médicos durante a gravidez, como a anemia e a toxemia. No entanto, com um bom acompanhamento médico, as adolescentes correm o mesmo risco de ter problemas durante a gravidez que as adultas da mesma classe social. Os bebés de mães jovens (sobretudo de mães com menos de 15 anos) têm mais probabilidades de serem prematuros e terem baixo peso ao nascer.

Abortar não elimina os problemas psicológicos de uma gravidez indesejada, nem para a menina, nem para o seu companheiro. Podem surgir crises emocionais quando se descobre a gravidez, quando se decide o aborto, depois deste, na data em que o bebé nasceria e nos aniversários dessa data.

Poderão ser úteis o apoio familiar e a educação sobre métodos anticoncepcionais, tanto para a menina como para o companheiro.