Uma fobia, é um medo irracional ou exagerado a objectos, situações ou funções corporais que não são perigosos.

As fobias são diferentes dos medos normais de uma determinada etapa do desenvolvimento infantil ou dos temores causados pelos conflitos em casa. A fobia à escola é um exemplo de medo exagerado. Pode provocar que uma criança de 6 ou 7 anos se negue a ir à escola. A criança pode negar-se directamente a ir à escola ou queixar-se de dor de estômago, náuseas ou outros sintomas que justifiquem ficar em casa. Estas crianças podem estar a reagir, exageradamente, com medo da severidade ou das repreensões de um professor. Estes são factores que podem aterrorizar uma criança sensível. Nas crianças mais velhas, entre os 10 e os 14 anos, a fobia à escola pode indicar um problema psicológico mais grave.

Tratamento

A criança pequena com fobia à escola deve voltar imediatamente para lá, para não se atrasar nos trabalhos escolares. Se a fobia é tão intensa que interfere com as actividades da criança e se, além disso, esta não reage ao apoio dado pelos pais ou professores, pode ser necessário recorrer a um psicológo ou a um psiquiatra. Algumas crianças recuperam da fobia, mas voltam a desenvolvê-la novamente depois de uma doença verdadeira ou de umas férias. O imediato regresso à escola não é tão premente para as crianças mais velhas, cujo tratamento pode depender da avaliação da sua saúde mental.

Medos Normais na Infância

O medo da escuridão, dos monstros, dos insectos e das aranhas são frequentes nas crianças de 3 a 4 anos de idade. Os medos de lesões e da morte são mais frequentes nas crianças mais velhas. As histórias de terror, os filmes ou os espectáculos de televisão são frequentemente desagradáveis para as crianças e podem aumentar os seus medos. As crianças em idade pré-escolar podem ser perturbadas por uma afirmação dos pais que pode provocar-lhes tristeza ou por uma briga que levam a sério. As crianças tímidas podem reagir inicialmente às situações novas com medo ou fechando-se em si mesmas.
Uma criança pode ser consolada se os seus pais lhe asseguram que os monstros não existem, que as aranhas não são perigosas ou que o que a televisão mostra não é real. Se os pais fazem uma afirmação quer com tristeza, quer com aborrecimento que perturbe a criança, aquela deve ser explicada para acalmar as suas inquietações. Os pais podem ajudar uma criança tímida a adaptar-se a uma situação que lhe cause medo expondo-a repetidamente à mesma situação sem pressões e proporcionando-lhe segurança.