A progressão insuficiente refere-se, principalmente, a um atraso no crescimento físico (altura). O desenvolvimento (a maturação) também pode atrasar-se em consequência de um crescimento físico insuficiente ou de problemas causados por um atraso no crescimento.
Causas
A incapacidade de progredir costuma afectar as crianças, especialmente as que têm menos de 2 anos de idade. Uma criança incapaz de progredir não está a receber nutrição suficiente para crescer e desenvolver-se normalmente. Pode apresentar um problema físico subjacente que afecta a sua capacidade de ingerir, absorver, processar ou reter os alimentos. Pode também haver influência de certos factores psicológicos, sociais ou económicos. A criança pode não ter apetite ou não receber alimentos suficientes. A falta de apetite pode ser consequência de uma depressão. Uma criança que não receba suficiente estímulo social pode ficar deprimida, como acontece com uma criança isolada numa incubadora e que não recebe atenção suficiente dos pais ou das outras pessoas que cuidam dela.
Diagnóstico
Os lactentes e crianças pequenas sempre são medidos e pesados durante as revisões periódicas. O médico compara os resultados com os obtidos na visita anterior e com os quadros que indicam a relação altura-peso standard. Se o ritmo de crescimento é adequado, a criança pode ser normal, embora baixa.
Para determinar as razões de a criança ser pequena, o médico realiza um exame físico e faz perguntas aos pais acerca da alimentação, dos problemas sociais e das doenças que a criança tenha tido e as que afectam a família. Podem fazer-se análises sistemáticas, como, por exemplo, uma contagem completa do sangue. Fazem-se exames mais extensos somente se o médico suspeitar de alguma doença subjacente.
Prognóstico e Tratamento
Deve-se tratar imediatamente qualquer doença que pareça causar dificuldades de progressão na criança. A resposta da criança ao tratamento depende do problema específico que causa a dificuldade de crescimento. Se a criança não come o suficiente, o médico procura possíveis factores psicológicos, sociais ou económicos, além dos de natureza física. Por vezes, especialmente nos casos em que não se descobre nenhuma causa subjacente, pode ser necessária a intervenção de um serviço de assistência social ou então um tratamento psicológico ou psiquiátrico para os pais ou para quem cuide da criança. Pode recomendar-se, embora raramente, que a criança receba os cuidados de uma família adoptiva.
As crianças que não progridem, principalmente durante o primeiro ano de vida (um momento importante para o crescimento cerebral), provavelmente nunca poderão alcançar, sob o ponto de vista social ou do desenvolvimento, as crianças da sua idade, mesmo quando melhore o seu crescimento físico. O tipo e o alcance dos problemas de desenvolvimento sociais ou emotivos variam segundo a criança. Num terço destas crianças observa-se que o desenvolvimento mental, principalmente as aptidões verbais, continuam abaixo do nível normal. Aproximadamente metade das crianças continua a ter problemas sociais e emocionais ou de alimentação, como, por exemplo, teimosia ou lentidão para comer.